quarta-feira, 11 de março de 2009

A oração é a força do homem e a fraqueza de Deus


Hoje é domingo e inicia mais uma semana, e por incrìvel que pareça o sol resolveu aparecer depois de tanta chuva, penso que finalmente o inverno irà embora trazendo a primavera. Parece que tudo começa a mudar, do frio ao calor, das plantas secas sem folhas às flores coloridas. Penso que Deus usa da natureza para nos formar, pois quem nunca passou por perìodos que pareciam verdadeiros invernos: sem vida, sem fruto, as folhas de esperança caem e quando nos demos conta estamos secos, incapazes de acreditar que poderiamos sobreviver a tamanha geada.
Assim como a natureza, nòs também temos o nosso ciclo de vida, que em alguns momentos são belos e intensos e em outros são mais calmos, tranquilo. Deus na sua infinita misericórdia, fez com que eu passase por um rigoroso inverno para que eu podesse um dia cantar como Maria “O Senhor fez em mim maravilhas”. E’ isso mesmo meu amado irmão, continuando a partilha da minha história de vida de onde parei: eu tinha feito a experiência do Amor de Deus que de uma certa forma tinha mudado radicalmente a minha vida e em pouco tempo eu me tornei coordenador daquele grupo de oração no qual tinha iniciado a minha caminhada, e assim iniciei a minha formação para conduzir o povo de Deus rumo a terra prometida, e quantos desafios tivemos de enfrentar para que a graça de Deus chegasse até os corações dos nossos irmãos. Foram perseguições e làgrimas mas no final conseguimos ver a Glória de Deus, o Grupo de Oração crescia na graça e no conhecimento de Deus.
Com o passar do tempo, eu começei a sentir o chamado de servir a Deus mais de perto, dedicando todo o meu tempo Áquele que se deu todo por mim sem reservas e assim começei a fazer um discernimento para ver o que o Senhor queria de mim. Fiz encontro vocacional na Canção Nova e pensavo que alì fosse o meu lugar, mas Deus não me quis alì. Foi um momento muito dificil pra mim pois chegava o inverno na minha vida vocacional. Vi as folhas da minha segurança cairem pouco a pouco, e em um instante me encontrei sem saber o que fazer jà que tudo o que eu acreditava não existia mais, vieram os questionamentos: Serà que eu não tenho vocação? Foi tudo uma invenção minha? Serà que isso é fuga? Jà que depois da Canção Nova eu fiz encontro vocacional na comunidade Javé Salvador e alí também não era o meu lugar. Como última opção fiz encontro vocacional no Seminàrio Diocesano e depois de um estàgio vocacional entrei no propedêutico, perìodo anterior a filosofia. Consegui ser admitido ao 1° ano de filosofia apesar de uma rigorosa seleção, e alì no seminàrio começei a ver uma outra face da igreja, que eu jà conhecia mas não de forma radical como me estava sendo apresentada até então, que era a Teologia da Libertação. Agora tenho que ir pra aula, mas prometo continuar a partilha em breve.

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